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Roteiro Histórico

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PAQUETÁ

Nosso roteiro passa pelos principais pontos da chamada “Pérola da Guanabara” ou "Ilha dos Amores". Na caminhada, apreciaremos o conjunto urbanístico singular da ilha, formado por ruas de terra, monumentos naturais e chácaras que datam do início do século XX.

Registros históricos mostram que Paquetá esteve sob o domínio dos índios tamoios até o final do século XV. Em dezembro de 1555, o navegante francês André Thevet descreveu aquele território até então desconhecido no fundo da Baía. Com o reconhecimento francês, a ilha se tornou foco de resistência à expedição portuguesa na cidade do Rio. Paquetá passaria ao controle de Portugal quase uma década depois, em 1565, quando Estácio de Sá repartiu a ilha entre seus companheiros, Inácio de Bulhões e Fernão Valdez.

A ilha se desenvolveu durante os períodos Colonial e Imperial como produtor agrícola, de cal e argila para a corte. No século XIX, assumiu relevância política com a presença constante de D. João VI, seguida por membros da alta sociedade, entre eles José Bonifácio de Andrada e Silva, que em 1829 afastou-se da Corte e se exilou na ilha. Muito do apelo turístico de Paquetá foi fomentado pelo estabelecimento de uma linha regular de barcas, a partir de 1838, e a publicação do romance “A Moreninha”, em 1844. A região passou de Distrito das Ilhas (1903) para Distrito de Paquetá (1961) até pertencer à cidade do Rio de Janeiro (1975). Hoje, a ilha continua atraindo visitantes em busca do clima bucólico e de um estilo de vida em que o tempo parece andar mais devagar.

Crédito da Imagem: Augusto Malta, BN Digital

1 PRAÇA PINTOR PEDRO BRUNO

Projetada pelo próprio Pedro Bruno e inaugurada antes de sua morte, a praça é a porta de entrada da ilha para quem chega de barca e é onde se vê parte do legado do artista, que projetou trabalhos paisagísticos e utilitários em espaços públicos da ilha. É de sua autoria os bancos de concreto com figuras de peixes, os pequenos pergolados de vegetação e uma cisterna com bebedouros para o uso da população. Já o busto do artista, em bronze, é obra do escultor Paulo Mazzuchelli.

Créditos da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

2 Igreja Senhor Bom Jesus do Monte

Localizada na Praia dos Tamoios, bem ao lado da estação das barcas, foi construída em 1763, com a condição de que fosse uma paróquia local – desvinculada da Freguesia de Magé. Mas esteve subordinada até 1810 à Igreja N. Sra. da Piedade, de Magé, data em que foi oficializada como Igreja Matriz da Freguesia de Paquetá. É comum as noivas chegarem de charrete nos casamentos realizados nessa bucólica igrejinha.

Créditos da Imagem: Bia Sartorio/Rolé Carioca

3 Canhão de saudação a Dom João VI

É uma memória das visitas de D. João VI à ilha. Visitas que se tornaram frequentes depois que uma tormenta fez com que o ainda príncipe regente aportasse acidentalmente em Paquetá, em 1808. Devoto de São Roque, ele criou o hábito de visitar a tradicional festividade do santo, que ocorre nos meses de agosto. Cada ida de D. João até Paquetá, que chamava de Ilha dos Amores, era saudada pela comunidade com rituais de beija-mão e salvas de canhão.

Créditos da Imagem: Dado DJ/Trilhos do Rio
 

4 Árvore Maria Gorda

Um raro exemplo de baobá, de origem africana, espécie que costuma medir metros de circunferência e é venerada por sua bela flor, também usada em aplicações medicinais. Sua importância na paisagem cultural da ilha a levou ao tombamento por um decreto de 1967, juntamente com outras nove árvores exemplares de amendoeiras, jaqueiras, mangueiras e tamarineiras.

Créditos da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

5 Igreja de São Roque

Dedicada ao padroeiro da ilha, a capela foi construída originalmente dentro da Fazenda São Roque, ainda no século XVII. A construção foi muito modificada ao longo do tempo e nela encontramos vários estilos arquitetônicos: neoclássico, neogótico, barroco. Durante a Revolta da Armada, no final do século XIX, a capela chegou a ser usada como necrotério. Após esse fato, a igreja passou por sua última grande reforma, período em que o altar recebeu um quadro do pintor Pedro Bruno representando São Roque e seu cão em Paquetá.

Crédito da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

6 Pedra da Moreninha

É o local onde a Moreninha da ficção, personagem eternizado no romance de Joaquim Manuel de Macedo, esperava pela volta de seu namorado. A história tornou a ilha de Paquetá conhecida em todo país e reproduz uma lenda indígena já existente naquele local, sobre o casal Aotin e Ahy, denominada “Lágrimas de Amor”.

Créditos da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

7 Ponte da Saudade

Outro ponto que faz parte do folclore da ilha. De acordo com a crença, o negro escravizado João Saudade, da nação Benguela, rezava diariamente neste local para reencontrar sua família que ficou na África. Numa noite, João, que era a própria reencarnação da saudade, desapareceu misteriosamente e um grande clarão iluminou o cais onde ficava.

Créditos da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

8 Casa de José Bonifácio

O Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrade e Silva, teria residido nesta propriedade de 1829 a 1831, antes de ser tutor dos filhos de D. Pedro I. A chácara é hoje uma residência particular e sua fachada pode ser apreciada da rua.

Crédito da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

9 Parque Darke de Mattos

Pertencia a sesmaria de Fernão Valdez, sendo parte da fazenda original que ali existiu. Mais tarde, no mesmo terreno, os jesuítas utilizaram o caulim do Morro de Santa Cruz para fazer porcelana e cavaram inúmeros túneis para a extração, que hoje ainda aparecem em diversos pontos do morro. O local foi vendido para o Sr. Darke Bhering de Mattos, proprietário do Café Globo e Chocolates Bhering, e mais tarde doado pela filha do proprietário à Prefeitura. Agora se mantém como área paisagística e de natureza preservada, com árvores centenárias, jardins, trilhas e mirantes, mar e matas, histórias e lendas, sendo um exemplar de parque romântico.

Crédito da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

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Dizem por aí

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! Ilha de pacas, conchas e pedras

A ilha que os índios tamoios chamavam de Paquetá era repleta de pacaranas (animal da família das pacas), segundo relato do cosmógrafo francês André Thevet à época do seu descobrimento. Daí deriva o significado mais aceito para seu nome: um "lugar com muitas pacas". Outras interpretações sugerem que a denominação indígena quer dizer "muitas conchas" ou ainda "área com muitas pedras" – que é uma das marcas registradas do bairro até os dias de hoje.

! Elixir do amor

“Beba dessa água, Pensando na mulher amada, E por você essa pessoa ficará Grandemente apaixonada... E se ainda não tens par, Beba um gole só, Bem devagar, E por você um coração dessa ilha, Irá se apaixonar.”

Conta a lenda que as águas do Poço de São Roque teriam efeitos supostamente milagrosos e sedutores. Seriam capazes de trazer a pessoa amada e também de curar enfermos e feridos. Dizem que D. João VI teria curado uma úlcera na perna com o tratamento dessas águas e, por essa razão, se tornado devoto de São Roque e passado a frequentar regularmente a ilha e a Festa do Padroeiro. Verdade ou não, o poço encontra-se fechado pela Saúde Pública desde o início do século XX, com a chegada da água encanada à Paquetá.

! Descoberta à francesa

O primeiro registro de Paquetá antecede a fundação da cidade do Rio de Janeiro e foi feito por franceses em 1555, durante a expedição que Villegagnon fez pela Baía de Guanabara e que deu origem à colônia França Antártica. Reconhecida pelo rei da França em 18 de dezembro 1556, Paquetá passaria ao controle dos portugueses quase uma década depois, em 1565, quando Estácio de Sá dividiu suas terras entre Inácio de Bulhões e Fernão Valdez.
 

! Me abraça, me beija

“Sorte por longo prazo/a quem me beija e respeita,/mas sete anos de atraso/a cada maldade a mim feita” – O Baobá (MDCXXVII)

A inscrição acima conferiu ares lendários ao raro exemplar de baobá centenário, patrimônio tombado de Paquetá, que se encontra na praia dos Tamoios. Diante do recado, é comum ver pessoas abraçando e beijando a árvore de origem africana, que ganhou o nome de Maria Gorda e naturalmente ficará “corpulenta”: os baobás costumam atingir mais de 20 metros de circunferência.

! Dividida em duas

Logo após Estácio de Sá fundar a cidade do Rio, Paquetá foi incluída na lista de territórios a serem doados aos que lutaram ao lado do militar português e acabou sendo dividida em duas sesmarias. Uma placa, na esquina da Ladeira do Vicente com Praia dos Tamoios, indica onde ficava essa divisa. A parte sul, denominada Ponte, foi dada a Fernão Valdez e teve colonização mais rápida com o fluxo dos navegantes. Enquanto o lado norte, chamado de Campo, ficou com Inácio de Bulhões e ali formou-se a Fazenda São Roque. Informalmente, essa divisão continua e provoca rivalidades até hoje em campeonatos de futebol do bairro.
 

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Dicas Culturais | PAQUETÁ

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Casa de Artes Paquetá

Desde 1999, fundada como centro cultural da ilha, promove eventos culturais e oficinas de arte, além de fazer recepção turística aos grupos de visitantes e abrigar exposições e um centro de memória. Atua na preservação e na revitalização da ilha e trabalha pela valorização e respeito à identidade cultural, história, arquitetônica, paisagística e pelo modo único de vida da comunidade local. O Arte & Gula Café, nos jardins da Casa de Artes Paquetá, tem uma lojinha com souvenires e artesanato local e um breve cardápio de lanches e refeições.

Endereço: Praça de São Roque, 31 - Paquetá

Telefone: (21) 3397-0517 / 3397-2124

Site: www.casadeartes.org 

Créditos da Imagem: Lidia Oliveira

O Quintal da Regina

O bem cuidado restaurante da chef Regina Linhares recebe, de 15 em 15 dias, sessões do Cineclube Paquetá, com entrada franca. Não deixe de experimentar a Cerveja Paquetá, que, apesar do nome, é produzida em Nova Friburgo.

Horários: Diariamente, das 11h às 23h

End.: Rua Dr. Lacerda, 18

Tel: (21) 3397-0656

Site: https://www.facebook.com/oquintalpaqueta/
 

Crédito da Imagem: Facebook

Parque Darke de Mattos

Pertencia a sesmaria de Fernão Valdez, sendo parte da fazenda original que ali existiu. Mais tarde, no mesmo terreno, os jesuítas utilizaram o caulim do Morro de Santa Cruz para fazer porcelana e cavaram inúmeros túneis para a extração, que hoje ainda aparecem em diversos pontos do morro. O local foi vendido para o Sr. Darke Bhering de Mattos, proprietário do Café Globo e Chocolates Bhering, e mais tarde doado pela filha do proprietário à Prefeitura. Agora se mantém como área paisagística e de natureza preservada, com árvores centenárias, jardins, trilhas e mirantes, mar e matas, histórias e lendas, sendo um exemplar de parque romântico.

Endereço: Praia José Bonifácio, 255

Telefone: (21) 3397-0535

Créditos da Imagem: www.cidadedorio.com
 

Zeca´s Restaurante

Localizado na Praça Bom Jesus do Monte, bem em frente ao caramanchão da Praia dos Tamoios, serve opções de frutos do mar, preparados para o almoço ou jantar.

Endereço: Praça Bom Jesus, 12 - Paquetá

Telefone: (21) 3397-0735 / 3397-0322 / 3397-2783

Site: www.facebook.com/ZecasRestaurante

Créditos da Imagem: facebook
 

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