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Roteiro Histórico

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Aterro do Flamengo

Este Rolé percorre um dos mais antigos bairros da cidade e o icônico Parque do Flamengo, que chamamos de Aterro. A história da região remonta à época do descobrimento do Brasil e carrega, até hoje, as marcas do Rio Carioca. Já na expedição de 1503 do navegador português Gonçalo Coelho, o rio que desembocava onde ficam os edifícios da praia do Flamengo começou a ser usado para abastecimento dos navios que paravam na Baía de Guanabara. Nesse ponto, junto à foz, foi construída uma casa de pedra, considerada a primeira edificação do gênero no ‘novo mundo’.

Naquela época, o curso d'água potável era conhecido como Aguada dos Marinheiros. Quem influenciou a mudança do nome foram os índios Tamoios, que denominaram a construção ‘dos brancos’ de Cari Oca, ou seja, “Casa de Branco”. O nome passou ao rio do lado e, três séculos depois, se tornou o gentílico utilizado para denominar os moradores do Município da Corte. Hoje canalizado, o Rio Carioca ainda desagua na Baía ao lado do Morro da Viúva, após percorrer submerso uma densa área urbana.

Com o crescimento da cidade, uma estrada aberta no Flamengo serviu de caminho para escoar a produção de açúcar do Engenho D’El Rei, na Lagoa, até o Porto do Rio. Já no início do século 20, a gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906) foi decisiva para a modernização do bairro, com a construção da Avenida Beira-Mar e de um novo conceito de moradia, em prédios e palacetes modernos. Na orla do Flamengo, a prática de esportes na praia e banho de mar começou a se popularizar. As décadas de 1950 e 60 trouxeram uma nova configuração para a área, com a monumental obra do Aterro do Flamengo. Essa grandiosa área verde, que incluiu o Museu de Arte Moderna e a Marina da Glória, permanece sendo usada para entretenimento e lazer ao ar livre.

Crédito da imagem: Bernardes, Nilo; Somlo, Tomas/Acervo IBGE

1 Metrô do Flamengo

Resultado da expansão inicial do Metrô do Rio no início da década de 80, a Estação Flamengo foi inicialmente chamada de Morro Azul. O sistema de transporte começou em 1979 com 4,3 quilômetros de trilhos ligando cinco pontos próximos da cidade. Entre as estações pioneiras, estavam as da Cinelândia, Praça Onze, Central, Presidente Vargas e Glória. No ano seguinte, as estações Uruguaiana e Estácio entraram no mapa. Em 1981, foi a vez da Carioca, Catete, Flamengo e Botafogo serem concluídas. No mesmo ano foi inaugurada a Linha 2, que contava apenas com as Estações São Cristóvão e Maracanã, e a Estação Largo do Machado. 

Crédito da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

2 Julieta de Serpa

O palacete tombado pelo patrimônio histórico do Rio foi construído em estilo neoclássico francês em 1920, como um presente do comerciante Demócrito Lartigau Seabra a sua esposa, Maria José. Seu projeto tem acabamento luxuoso: piso em parquet, vitrôs e portais, além de tapetes, quadros e prataria importados. O acesso à residência se dá através de uma grande porta forjada em ferro em estilo Luiz XVI. Maria José viveu até os 95 anos na casa, que foi tombada e depois adquirida pelo antiquário Carlos Alberto Serpa para tornar-se um centro de cultura nomeado em homenagem à sua mãe, Julieta de Serpa.

Crédito da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

3 Edifício Biarritz

Em estilo art-déco, a fachada aristocrática do Biarritz se destaca em meio ao paredão de edifícios existentes ao longo da Praia do Flamengo. O projeto é atribuído ao francês Henri Paul Pierre Sajous, que viveu no país no período de 1931 a 1959 e também é o autor do Edifício Mesbla (atualmente Lojas Americanas), na Rua do Passeio. O contraste com os edifícios vizinhos acontece pelas sacadas curvas, intercaladas por pilares contínuos, e ornamentos como frisos, esquadrias de ferro com detalhes dourados e a porta de entrada monumental.

Crédito da Imagem: Daniel Casoy/Biblioteca ViverCidades 

4 Castelinho do Flamengo

Reminiscência de uma época em que palacetes e casarões dominavam a paisagem da recém-criada Avenida Beira-Mar, a construção abriga, desde 1992, o Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho. O projeto original da edificação foi assinado em 1916 pelo arquiteto italiano Gino Copede, e finalizado em 1918. Sem negar as origens, o arquiteto desenhou uma construção eclética, um mix com elementos art déco, art nouveau, neo-barroco e neogótico francês. Destaque para o portão em ferro batido, representando borboletas e libélulas, e os cantos das fachadas, com cabeças de felinos. O estilo virou moda e acabou servindo de exemplo para outras construções na cidade. 

Crédito da Imagem: Thiago Diniz/Rolé Carioca

5 Edifício Seabra

De 1931, o prédio ajudou a mudar a concepção de moradia no Rio numa época em que o Aterro do Flamengo ainda não existia e o chique era viver em casarões. Por sua fachada sombria, ficou conhecido como Dakota carioca (referência ao correlato nova-iorquino, onde John Lennon morava). O edifício de 12 andares impressiona pela monumentalidade e riqueza de detalhes no interior. O hall divide-se em duas alas, com escadarias de mármore italiano de degraus amplos, e nas paredes há desenhos geométricos com aplicações em ouro. Lustres e arandelas em ferro batido dão um toque aristocrático aos ambientes.

Crédito da Imagem: Alessandro Favra/Wikipedia

6 Aterro do Flamengo

O aterro onde hoje está localizado o Parque do Flamengo foi criado a partir da demolição de morros que ficavam localizados na região central da cidade - os do Castelo, do Querosene e de Santo Antônio. Permaneceu um bom tempo vazio até a urbanização porque haviam divergências se o local deveria ser um novo bairro ou apenas pistas para o tráfego. O papel da arquiteta-paisagista Lota de Macedo Soares foi fundamental para a concepção do projeto, o primeiro parque de lazer ativo do Brasil, inspirado em parques urbanos como o Central Park.

Crédito da Imagem: Alicia Nijdam/Wikipedia

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! Castelinho mal-assombrado

Uma construção do Rio Antigo que dizem ser mal-assombrada é o Castelinho do Flamengo. Reza a lenda que a família Feu Fernandes, a segunda a residir no Castelinho, foi marcada por uma tragédia. Maria de Lourdes teria visto os pais serem atropelados por um bonde logo em frente à casa. Com apenas 10 anos de idade, foi criada pelo tutor da família, que não tinha vínculo nenhum com ela e a manteve presa na torre principal do palacete. Mitos à parte, o ranger de portas e janelas é muito comum em construções de madeira, que dilata com o tempo.

! Inacabado

O Parque do Flamengo continua inacabado, já que vários equipamentos previstos no projeto original não saíram do papel, e nunca teve uma cerimônia oficial de inauguração. No entanto, à medida que as construções eram finalizadas, realizava-se uma cerimônia de entrega à população. Algumas datas foram incorporadas como sendo as de inauguração e talvez a mais emblemática seja a do dia 17 de outubro de 1965. Jornais registram que um público de 30 mil crianças, mais adultos, compareceu ao encerramento da Semana da Criança, com uma série de atrações gratuitas.

! Haveria flamingos no Flamengo?

Antes de ser conhecida como a Praia do Flamengo já foi chamada de Praia do Sapateiro e da Carioca. Segundo consta, a designação atual remonta à invasão holandesa ao Brasil no século 17. O primeiro desembarque de holandeses no Rio teria acontecido nessa praia, que passou a ser chamada "Praia do Flamengo" – na realidade, uma confusão entre os termos “holandês” e “flamengo", que designa o natural da região belga de Flandres. Outra hipótese sugere que o nome veio da ave “flamingo” – algo improvável, segundo biólogos e estudiosos da fauna.

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Dicas Culturais | Aterro do Flamengo

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Aterro do Flamengo

O parque público é ocupado por múltiplas atividades esportivas e culturais, como projetos ao ar livre de artes circenses e pernas-de-pau, blocos de carnaval e coletivos de arte. As quadras poliesportivas costumam ficar lotadas, mesmo à noite, e a ciclovia é local preferido de ciclistas, skatistas, patinadores e corredores que curtem o contato com a natureza. Aos domingos e feriados, o público também ocupa as pistas de tráfego fechadas para o trânsito e liberadas para o lazer. Além disso, eventos esportivos como corridas de 5 e 10 km são realizados periodicamente nas pistas fechadas. É, também, um local de referência para o Carnaval do Rio, recebendo diversos ensaios de maracatus e desfiles de blocos. 

Crédito da Imagem: Site da Nike

Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho

Desde 1992, o centro cultural que tem seu nome em homenagem ao dramaturgo carioca Oduvaldo Vianna Filho ocupa o prédio conhecido como Castelinho do Flamengo – que, em 2018, completa 100 anos de construção. A programação do espaço é variada, com pequenos shows, leituras dramatizadas, saraus, mostras especiais de filmes em vídeo, exposições, oficinas de literatura, filosofia e artes, além de cursos, debates, seminários.
End.: Praia do Flamengo, 158
Tel.: (21) 2205-0276
Site: https://www.facebook.com/castelinhodoflamengo/

Crédito da Imagem: Facebook Castelinho do Flamengo
 

Oi Futuro Flamengo

Aberto ao público em 2005, está situado no endereço ocupado por muitos anos pelo Museu do Telephone, onde, anteriormente, funcionou a Estação Telefônica Beira-Mar, inaugurada em 1918. O centro cultural tem projeto arquitetônico contemporâneo, com linhas arrojadas e se destaca na paisagem do bairro, fazendo conviver o presente, o passado e o futuro. Com atrações gratuitas ou a preços populares, a programação normalmente é composta por shows, teatro e exposições.

End.: Rua 2 de Dezembro, 63
Tel.: (21) 3131-3060
Site: http://www.oifuturo.org.br/o-instituto/

 

Crédito da Imagem: site do OI Futuro

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