Durante os dois primeiros séculos de ocupação do Rio, o porto não passava de um conjunto de cais. O Rio de Janeiro Colonial era, ao mesmo tempo, porto, fortaleza e capital Foi no entorno do porto que a cidade começou a crescer.
A partir de 1769, os escravos começaram a desembarcar no Cais do Valongo e lá se instalaram armadores, o comércio atacadista e de escravos, os trapiches de sola e os pescadores. Estas atividades deram início a um processo de ocupação de caráter urbano, acompanhada pela abertura de ruas e dessecamento dos brejos do Valongo, ações apoiadas pela implementação de um sistema de transporte marítimo com os demais bairros.
Quando o Rio deixou de ser capital, o escoamento de mercadorias se afastou da cidade, indo para Santos. O porto perdeu sua importância e seus arredores viveram dias de abandono. Atualmente, a localidade passa por um processo de revitalização chamado Porto Maravilha.
A Candelária pode ser considerada a mais imponente e grandiosa igreja do Rio de Janeiro, não somente por suas proporções, mas também pelo seu acabamento e pela grandiosa cúpula. Sua construção foi iniciada em 1775 e concluída somente nos últimos anos do século 19.
Endereço: Praça Pio X, s/n - Centro
Funcionamento: 2a a 6a de 7h30 às 16h / Sábado de 8h às 12h / Domingo de 9h às 13h
Telefone: (21) 2233-2324
Créditos da Imagem: Halley Pacheco de Oliveira
O Mosteiro foi fundado em 1590 por monges beneditinos vindos da Bahia. É um dos principais monumentos de arte colonial da cidade e do país. Ao seu lado, funciona o Colégio de São Bento, fundado em 1858, que formou uma quantidade considerável de personalidades brasileiras, como Pixinguinha, Benjamin Constant, Noel Rosa, Antônio Silva Jardim, Villa-Lobos, Cazuza, entre outros.
Endereço: R. Dom Gerardo, 68 - Centro
Funcionamento: Diariamente de 7h às 18h
Site: www.osb.org.br
Créditos da Imagem: Halley Pacheco de Oliveira
O nome da praça decorre da homenagem ao Barão de Mauá, ou Irineu Evangelista de Souza, o maior empresário brasileiro no tempo do Segundo Reinado, época de Pedro II. Entre as principais construções da Praça, destacam-se o Palacete D. João VI, que hoje abriga o Museu de Arte do Rio, e o edifício “A Noite”, marco da verticalização do centro na década de 30.
Créditos da Imagem: Paulo Engelbrecht
Construído entre 1904 e 1910, foi durante muito tempo o principal porto do Brasil, superado depois pelo de Santos. Entrou em decadência até ser desativado, sendo o porto de contêineres o único a permanecer no Rio. Devido à realização de grandes eventos na cidade e à especulação imobiliária, a região passa por um projeto de reurbanização, chamado Porto Maravilha.
Créditos da Imagem: Bruno Bartholini
Superintendência da Guarda Portuária do Rio de Janeiro, responsável pela administração do Porto, por meio de uma concessão com a União para gerir os portos organizados do Estado do Rio de Janeiro, arrendando seus terminais à iniciativa privada.
Créditos da Imagem: O Dia Online
Criado 10 anos após a descoberta do Cemitério dos Pretos Novos, sítio arqueológico onde estão depositados os restos mortais de africanos anônimos, trazidos como escravos de suas terras de origem para o Brasil. A maioria, recém-chegada ao porto, falecia no período de quarentena.
Endereço: R. Pedro Ernesto, 32 - Gamboa
Funcionamento: 3a a 6a de 13h às 19h
Site: www.pretosnovos.com.br
Créditos da Imagem: www.museusdorio.com.br
Construído em 1843 para ser ponto de desembarque e comércio de escravos africanos, foi transformado no Cais da Imperatriz para receber Teresa Cristina, que se casaria com D. Pedro II. Em 1911, foi aterrado e deu lugar à Praça do Commercio. Um século depois, sua história voltaria à tona com as obras do Porto Maravilha.
Créditos da Imagem: www.viajenaviagem.com
Considerada o berço do samba carioca, ainda é ponto de encontro de sambistas da cidade. Tem esse nome porque era o local de desembarque do sal. Passou de região de comércio de escravos para abrigo das populações negras em meio à lei da libertação dos escravos, que não previu a inclusão dos descendentes de escravos na sociedade. Ali surgiram
os primeiros ranchos carnavalescos, afoxés e rodas de samba.
Créditos da Imagem: Rolé Carioca
Em 1996, moradores resolveram realizar reformas em sua casa, construída no início do século XVIII, na Rua Pedro Ernesto, 36, Gamboa. Embaixo da estrutura do prédio, eles acabaram encontrando um cemitério secular de negros vindos da África, que não resistiam à viagem e morriam antes mesmo de serem comercializados. O local ficou conhecido como Cemitério dos Pretos Novos. Foi transformado em sítio arqueológico e, mais tarde, em Centro Cultural.
Nas festas da zona portuária, a diversão era geograficamente estratificada: na sala era tocado o choro, o conjunto musical composto basicamente de flauta, cavaquinho e violão; no quintal, acontecia o samba rural batido na palma da mão, no pandeiro, no prato-e-faca e dançado com uma coreografia de sapateados, peneiradas e umbigadas. Foi aí, então, que ocorreu, entre o samba rural baiano e outras formas musicais, a mistura que deu origem ao samba urbano carioca.
A Igreja da Candelária existe por causa de uma tempestade. No século 17, um casal de espanhóis, António Martins de Palma e sua esposa Leonor de Palma, diante do perigo iminente de naufrágio no meio do Atlântico, prometeram erguer uma capela no local a que chegassem a salvo. Ao aportar no Rio de Janeiro, aqui cumpriram a promessa. Construíram, com seu próprio dinheiro, uma pequena capela, a Nossa Senhora da Candelária, da qual ambos eram devotos e cuja origem é espanhola.
Canções que fazem referência ao porto foram pouco registradas. Uma delas, de Geraldo Pereira, “Polícia no Morro – Cabritada Mal Sucedida”, versa sobre o policiamento na região: "Bento fez anos, E para almoçar me convidou, Me disse que ia matar um cabrito, Onde tem cabrito eu tou, E quando o "Comes e Bebe" começou, No melhor da cabritada, A Polícia e o dono do bicho chegou. Puseram a gente sem culpa, No carro de Radio Patrulha e levaram, Levaram também o cabrito, E toda a bebida que tinha, quebraram, Seu Comissário, zangado, Não tava querendo ninguém dispensar, O patrão da Sebastiana, É que foi ao distrito, E mandou me soltar. Puseram a raça sem culpa, No carro da Rádio Patrulha e levaram, Levaram também o cabrito..."
Inaugurado em março de 2013, o Museu de Arte do Rio faz parte do projeto de revitalização da Zona Portuária e está instalado em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, eclético, e o edifício vizinho, de estilo modernista – originalmente um terminal rodoviário. Abriga mostras e eventos que buscam representar uma visão da cidade que estimule a autoestima e também reforce a autocrítica e o senso de responsabilidade.
Endereço: Praça Mauá, 5 - Centro/Gamboa
Telefone: (21) 3031-2741
Site: www.museudeartedorio.org.br
Créditos da Imagem: www.turistaslocais.com
Construído em 1871 pelo primeiro engenheiro afrodescendente da história brasileira, André Rebouças, o galpão foi transformado em um dos espaços multifuncionais mais bonitos do Rio e recebe oficinas gratuitas de teatro, danças populares e circo, além de feiras e festivais.
Endereço: Av. Barão de Tefé, 75
Telefone: (21) 2233-7460 / 2253-8177
Site: www.acaodacidadania.com.br
Créditos da Imagem: Marcos AC / Imagem Carioca
Bar temático, exibe filmes clássicos, que também dão nome a drinques e petiscos. Oferece espaço a cineastas e estudantes de cinema para exporem seus curtas ou longas metragens.
Endereço: Rua Conselheiro Saraiva, 39 - Centro
Telefone: (021) 2253-1414
Site: www.cinebotequim.com.br
Créditos da Imagem: www.cinebotequim.com.br
Com cem anos de história, chamava-se Gaiato da Veiga até a década de 60, foi atingido por um incêndio e reabriu em 2013. Oferece tradicionais petiscos de boteco e pratos do dia, além de samba às quintas.
Endereço: Rua Sacadura Cabral, 97 - Gamboa
Telefone: (021) 2263-5028
Site: www.facebook.com/restaurantegracioso
Créditos da Imagem: www.turistaaprendiz.org.br
Inaugurado como sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 1906, sua rotunda abrigava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Nos anos 20 passou a pertencer ao Banco do Brasil, que o reformou para abertura de sua sede, tranformando o prédio no belo edifício de estilo neoclássico, considerado emblemático do mundo financeiro nacional até 1960. Hoje, abriga diversas exposições e conta com uma programação extensa e variada em seus cinemas, galerias e teatros.
Endereço: Primeiro de Março, 66 - Centro
Telefone: (021) 3808-2020
Site: www.culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro
Créditos da Imagem: extra.globo.com
Este circuito demarca pontos de importância histórica e cultural da Região Portuária para a compreensão do processo da Diáspora Africana e da formação da sociedade brasileira. Fazem parte do circuito: o Cais do Valongo, o Cemitério dos Pretos Novos, o Largo do Depósito, o Jardim do Valongo, a Pedra do Sal e o Centro Cultural José Bonifácio.
Site: www.portomaravilha.com.br/circuito
Créditos da Imagem: blackwomenofbrazil.co