Domingo, eu vou pro Maracanã/Vou torcer pro time que sou fã/Vou levar foguetes e bandeira/ Não vai ser de brincadeira/ Ele vai ser campeão/ Não vou de cadeira numerada/ Vou estar na arquibancada/ Prá sentir mais emoção/ Porque meu time bota pra ferver /E o nome dele são vocês que vão dizer!!!!
Para muitos, o “templo carioca do futebol” continua sendo o maior do mundo, mesmo que não seja mais. Foi durante o Estado Novo que se desenhou a construção da arena esportiva que demonstrasse a grandeza do Brasil e do “melhor futebol do planeta”. Um verdadeiro colosso para 200 mil pessoas ocuparia parte do terreno abandonado onde existiu o Derby Club.
Inaugurado em 1949, inacabado, para o evento da Copa do Mundo de Futebol de 1950, em que o Brasil foi derrotado pelos uruguaios Ghiggia, Schiaffino e cia num dramático 2 x 1. Contudo, a comoção passou a ser um elemento característico das finais jogadas no “Maraca”. Seus gramados seriam cruzados pelos mais habilidosos de seu tempo: Pelé, Zico, Garrincha, Rivelino, Roberto Dinamite, Romário, Ronaldo e Neymar. Fora a vocação futebolística, sua arquibancada serviu de plateia para shows de música e até missas do Papa.
O estádio recebeu o nome de Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues e fundador do Jornal dos Sports. Mas nunca deixou de ser Maracanã, como o nome do rio que desce do maciço da Tijuca e corre junto ao estádio. Acabou, inclusive, dando nome ao bairro ao seu redor, que oficialmente nem existe – uma região universitária e também boêmia, onde bares e botequins marcam um jeito bem carioca de ser.
A remodelação para a Copa de 2014 buscou transformá-lo em um novo espaço de lazer, um centro de cultura e entretenimento. Entre as novidades, a capacidade foi reduzida para 78 mil pessoas confortavelmente sentadas. A cobertura de concreto foi substituída por uma nova membrana tensionada de fibra de vidro com Teflon, que cobre 95% dos assentos. Além disso, o tom acinzentado voltou a ser sua principal cor externa, como na época de sua inauguração.
Foto: Thiago Diniz
Fechado desde 2013, o estádio de atletismo quase foi demolido na reforma mais recente do Maracanã. Compunha com os estádios Julio Delamare, o Maracanã e o Maracanazinho o Complexo Esportivo do Maracanã, do qual também faz parte a Escola Municipal Friedenreich. Começou com uma pista de terra, que passou por reformas como a construção de arquibancadas e a modernização das pistas em 1974. Sediou competições nacionais como o Troféu Adhemar Ferreira da Silva e o Troféu Brasil de Atletismo, além de torneios estudantis.
Crédito da imagem:Site Suderj
Antiga Derby Club, a estação de trem atendia o hipódromo que funcionou ali até 1926. Mudou de nome quando o estádio foi erguido. Faz integração com a Linha 2 do Metrô do Rio de Janeiro, entre Triagem e São Cristóvão. Por sua vez, a estação do metrô foi inaugurada em 1981 e dá acesso aos portões A, B e C do Maracanã (entradas da Av. Prof. Manuel de Abreu e Rua Prof. Eurico Rabelo). Para acessar os portões D, E e F, com entrada pela Av. Maracanã e Rua Mata Machado, a estação mais próxima é a São Cristóvão.
Crédito da Imagem: Site Plena Eng.
A história da Universidade Estadual do Rio de Janeiro começa em 1950, com a fundação da Universidade do Distrito Federal (UDF), que se espalhava por um conjunto de prédios por toda cidade até ser finalmente reunida nos grandes blocos de concreto armado ao lado do Maracanã. O campus foi erguido no terreno de um antigo hospital inacabado e ocupado por uma comunidade, conhecida como Favela do Esqueleto, removida para a Vila Kennedy nos anos 60.
Foto: Divulgação
O ginásio inaugurado em 1954 com uma quadra multiuso para vôlei, basquete, handebol e futsal tem capacidade para receber até 11 mil espectadores. Recebeu o nome do ex-presidente do Flamengo, Gilberto Cardoso, que morreu após assistir a uma final de basquete em que seu clube foi campeão no ginásio. Foi palco de shows musicais, com destaque para o Festival Internacional da Canção, de 1966 a 1972. Sediou campeonatos mundiais como o do Basquete Masculino, em 1963, quando a seleção brasileira venceu a Iugoslávia por 90 x 71, e os da Liga Mundial de Vôlei. Passou por reformas para os Jogos do Pan de 2007 e está sem eventos desde a Rio 2016.
Crédito da Imagem: Leandro Neumann Ciuffo
Projetado pelos arquitetos Rubens Cozzo, Ricardo Labre e Cândido Lemos, o conjunto de piscinas foi inaugurado em 1978 como parte do Complexo Esportivo do Maracanã. Seu nome homenageia o jornalista esportivo Julio Delamare, grande incentivador de sua construção, falecido em 1973 num acidente aéreo em Paris. Tem capacidade para 5 mil lugares e foi reformado para o Pan 2007, tendo abrigado eventos esportivos de natação, polo aquático, nado sincronizado e saltos ornamentais. Fernando Scherer, o “Xuxa”, e Gustavo Borges iniciaram suas carreiras no parque. Em 2018, escolinhas de iniciação esportiva buscam retomar suas atividades.
Crédito da imagem: Marcelo Santos
O edifício abrigou o antigo Museu do Índio entre 1953 até 1978 e, desde então, esteve abandonado. Em 2006, uma migração de grupos vindos de Maranhão e São Paulo iniciaram a ocupação do local, ainda que sem estrutura ou suporte. Durante os preparativos da Copa de 2014, o prédio, que não é tombado, viveu uma batalha sobre a retirada da população local. O resultado foi o tombamento do entorno do Maracanã o que gerou a mudança do escopo das obras previstas deixando um aspecto de inacabado às obras. Existe uma tentativa de formalizar um convênio com a Fundação Darcy Ribeiro e a Associação Indígena que possibilite a captação de recursos para a restauração e a ocupação do prédio.
Crédito da imagem: Halley Pacheco de Oliveira
“Maracanã” é uma designação popular para aves da família dos psitacídeos, da qual pertencem os papagaios, as araras e os periquitos. Essa espécie, menor que um papagaio e maior que um periquito, era muito comum na área da nascente do rio Maracanã, nas proximidades do morro do Borel. O nome tem origem indígena e também pode ser entendido como “maracá-nã”, ou que imita o maracá, um chocalho usado pelos índios com som semelhante ao dos pássaros da região.
A área ocupada pelo Estádio Maracanã já foi o Derby Club do Rio de Janeiro, fundado em meados do século XIX. Bem antes do futebol, as corridas de cavalo e o turfe eram os favoritos das apostas esportivas até saírem de moda nos anos 1930. O grande espaço que abrigava corridas, partidas de polo, equitação e competições de salto ficou esquecido e subutilizado, tanto que houve a ocupação de um velho prédio inacabado, também na área do Derby, que daria origem à Favela do Esqueleto.
“Estive no estádio que leva o seu estimado nome, grande jornalista esportivo, e vou ser sincero: não o reconheci naquelas cadeiras azuis, brancas e amarelas. (...). Dito isso, sabedor que mais uma página da nossa história se foi, e que isso é sempre sofrido, quero acrescentar que o novo estádio ficou sensacional. Bonito e funcional. Ficou meio embecado, e para quem vive numa das cidades mais sujas do mundo isso é sempre intimidador. Reclamam que não tem alma. Aquele espetáculo cafajeste das torcidas vai ter de mudar o estilo do folclore, mas elas encontrarão um novo jeito de fazer graça, desde que não me explodam mais morteiros nos tímpanos nem quebrem as cadeiras onde eu vou sentar amanhã. Chega de malandragem otária. (...) Por muito tempo ainda vamos chegar ali e lembrar das histórias incríveis do antigo cenário. Alguns nostálgicos vão achar tudo meio plastificado e com cara de uma arena internacional qualquer. Aguente-se o blablabla do “ai como era bom”. O Maracanã já era, descanse em paz, mas já não era sem tempo. A torcida agora, querido Mario Filho, é para que, com o gramado espetacular, os jogadores tomem vergonha na cara e comecem a jogar à altura".
Joaquim Ferreira dos Santos (2013)
O passeio com duração de 40 minutos realiza o sonho de muitos torcedores: conhecer os bastidores do Maracanã e de quebra chegar próximo ao gramado que sediou finais de duas Copas do Mundo e de uma edição de Jogos Olímpicos. O ponto alto é a entrada no gramado onde já passaram tantos craques do futebol e experimentar o banco de reservas. Além do gramado, os visitantes também podem conhecer um dos vestiários, as salas de aquecimento e coletiva de imprensa e itens relacionados a jogadores que marcaram seus nomes na história do estádio, como Pelé, Garrincha e Zico.
Tour Guiado: R$ 60
Tour Não-Guiado: R$ 50
Mais informações: https://www.tourmaracana.com.br/
A vocação gastronômica da Praça da Bandeira deve muito ao prestígio da casa da empresária Rosa Ledo e da chef Katia Barbosa. Foi ali que o famoso bolinho de feijoada virou um ícone da gastronomia carioca, na forma de um quitute de massa leve, recheado de bacon frito e couve. O carro-chefe da cozinha pode ser consumido no local ou levado congelado, para fritar em casa. O bar ainda oferece uma carta recheada de cerveja com mais de 100 rótulos e outros acepipes e pratos da culinária brasileira.
Rua Barão de Iguatemi, 245
(21) 2273 1035
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Credito da Imagem: Google Inc
Pioneiro no polo gastronômico da Tijuca, está instalado no mesmo ponto há mais de 80 anos. O segredo da casa é servir porções fartas de frutos do mar, que servem até 8 pessoas, como risotos, peixes e moquecas. Comece com os pasteizinhos de camarão ou de siri, fresquíssimos e crocantes e, para acompanhar, um chopp gelado.
Rua dos Artistas, 2
(21) 2208 6165
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