Antiga Praça da Constituição, em seu centro, foi inaugurada, em 1862, por ordens de D. Pedro II, a primeira escultura pública do país, representando o ato de D. Pedro I na declaração de Independência do Brasil. A partir da Proclamação da República, houve um esforço para a construção de novos símbolos nacionais e em 1890, foi denominada Praça Tiradentes em homenagem a Tiradentes, executado em 1792 nas proximidades por causa de sua atuação política na Conjuração Mineira e considerado pelo novo governo um mártir na luta contra o domínio colonial português.
Foto: Thiago Diniz
Criada no século XVII, é um dos locais mais simbólicos da cidade no que se refere à memória negra. A Irmandade do Rosário possui uma larga história de cooperação com a causa abolicionista, e funcionou como local de acolhimento para aqueles que não foram incluídos no processo de independência promovido pela elite brasileira. Continuou atuando em prol de direitos da população negra depois da abolição. Foi palco de diferentes acontecimentos históricos, como o espaço de recepção da família real em 1808, sede da catedral da cidade por 70 anos e da Câmara Municipal por 13 anos. Hoje, abriga em suas dependências o Museu do Negro.
Foto: Thiago Diniz
Atual via de acesso ao comércio popular, o nome Avenida Passos homenageia Francisco Pereira Passos, prefeito do início do século XX que promoveu o “Bota-Abaixo”, reformas urbanas com demolições de imóveis populares para o alargamento e saneamento de vias, desabrigando milhares de pessoas que partiram em busca de moradia nos subúrbios e nas encostas dos morros, formando favelas. A Avenida Passos conta um pouco da história das desigualdades que permaneceram sem solução no Império e na República.
Foto: Thiago Diniz
Fundada em 1758 como Igreja de São Gonçalo Garcia, em 1850 a Irmandade de São Jorge, que passava por obras, pediu abrigo e acabou sendo definitivamente integrada. Nasce, assim, a Confraria dos Gloriosos Mártires São Gonçalo Garcia e São Jorge, um cantinho do Rio que nos conta um pouco sobre a religiosidade popular. São Jorge é um dos santos com mais devotos na cidade, e sua popularidade está diretamente ligada à identificação com o povo, que celebra São Jorge nas expressões populares, na música e no cotidiano.
Foto: Thiago Diniz
Fruto da proposta de Antônio Barroso Pereira, é uma das mais tradicionais bibliotecas públicas do país. Sua inauguração, em 1874, foi feita por Dom Pedro II. Recebeu diferentes denominações e mudanças de sede ao longo da história. Em 2014, na sua reinauguração, recebeu o nome de Biblioteca Parque Estadual e desde então tem sido um espaço importante de disseminação de cultura, conhecimento e memória. É necessário entender as bibliotecas como instrumentos de transformação política. Os ideais iluministas que deram base para movimentos que se colocaram contra o domínio português e as independências nas Américas circularam principalmente através dos livros.
Foto: Thiago Diniz
Palco de momentos históricos, como a aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil, o Campo de Santana já foi chamado também de Praça da Aclamação e, por ter sido o local da proclamação da República em 1889, mudou de nome novamente. Antes, era um território periférico da cidade, frequentado pelos excluídos da sociedade, como pessoas negras em fuga da escravidão. No local, foi construída a Irmandade de Santana (que deu o nome Campo de Santana), demolida para a construção da Estação Dom Pedro II (atual Central).
Foto: Thiago Diniz
Erguida em memória de Luís Alves, patrono do exército brasileiro, a Praça Duque de Caxias é mais um entre os monumentos que remontam aos símbolos e às figuras que dão forma às identidades nacionais na República, apesar de ser personagem marcante da história imperial do Brasil. Por sua intervenção na Balaiada, o então Barão de Caxias recebeu o título de Duque
Foto: Thiago Diniz
Criada na década de 1980 para incluir crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social nos processos educativos. Faz homenagem a Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata, quituteira, curandeira e mãe de santo baiana que migrou para o Rio de Janeiro no pós-abolição em um contexto de perseguição religiosa e se estabeleceu na Praça Onze, tornando-se figura de liderança que fez de sua casa um espaço de acolhimento para diversos sambistas da época, capoeiristas e outros grupos marginalizados.
Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Inaugurado em 1986, é uma homenagem ao líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695 ao resistir contra os ataques de extermínio promovidos pela Coroa Portuguesa. A réplica da cabeça é a de um rei nigeriano do século XII, construída por artistas do Reino de Benin, pois sua fisionomia não foi identificada. Transformado em símbolo de resistência contra a escravidão, a data de sua morte foi escolhida para representar o Dia da Consciência Negra.
Foto: Wikimedia Commons
O Rolé é uma realização do estúdio M'Baraká com apoio institucional da Secretaria de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro, copatrocínio do Operador Nacional do Sistema Elétrico e patrocínio da First RH Group, Estácio, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura - Via Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lei do ISS) e nesta edição contou com o Incentivo da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2.
O projeto Querino mostra como a História explica o Brasil de hoje. Uma história que talvez você ainda não tenha ouvido, lido ou visto. Bem a cara do Rolé! Em 8 episódios, o podcast - formato cada vez mais popular de conteúdos, narra episódios do país à partir de um novo olhar. O primeiro se chama justamente “Os esqueletos no armário da Independência do Brasil”.
www.projetoquerino.com.br
Na Praça da República está o Arquivo Nacional que abriu a exposição “Quem são os brasileiros?” para celebrar o Bicentenário da Independência, reunindo cerca de 100 documentos do acervo que deslocam o foco de imperadores e outras autoridades para destacar figuras populares, como indígenas, negros e imigrantes que ao longo da história contribuíram para o desenvolvimento nacional.
Foto: Wikimedia Commons